domingo, 29 de janeiro de 2012

TimeLine Street Fighter - Parte 5: Acertos e erros


Texto agora traduzido pelo Mangekyou54, do Nerd, Uai!.

Okamoto, sentindo que não havia muito mais com o quê contribuir para a franquia, se afastou da direção de Street Fighter, para trabalhar em jogos do Mega Man. Funamizu assumiu as rédeas. Sob a sua liderança, a série Street Fighter Alpha se inspirou em Darkstalkers: The Night Warriors, também da Capcom, mudando os designs dos personagens para versões mais coloridas, ao estilo anime, além de adicionar super combos e counters, mas mantendo a violência estritamente em 2D. Ele também deu mais uma coisa nova à série: continuidade.

Explorando o espaço entre Street Fighter I e II, a série Alpha expandia a história dos personagens antigos e introduziu alguns novos. O amigo condenado de Guile, Charlie (Nash no Japão), cujo assassinato ele lutou para vingar em SFII, era um personagem jogável ao estilo de Guile, inclusive com um corte de cabelo estranho. A sensitiva Rose possuía uma ligação especial com Bison, empregando o seu “poder da alma” contra o poder psíquico dele. O egomaníaco e pateta Dan Hibiki, com seu kimono rosa, surgiu como uma provocação aos jogos de luta “mais fracos” da SNK, mas acabou se tornando um favorito dos fãs, graças a dominar a arte da provocação infinita e seu golpe especial que lhe permitia derrotar os oponentes explodindo a si mesmo. De SFI, Birdie (agora um delinquente negro e loiro), Gen, Eagle e Adon estavam de volta, após uma ausência de quase dez anos.

Naquele que se tornaria o primeiro de muitos crossovers da franquia, Funamizu tambémk trouxe Guy, Sodom e depois Rolento e Cody dos jogos Final Fight. Maki se juntaria a eles mais tarde, numa versão portátil de Alpha 3.

Lançado em 1995, Street Fighter Alpha: Warriors' Dream também introduziu as “batalhas dramáticas”, permitindo que os jogadores enfrentassem Bison usando Ryu e Ken ao mesmo tempo, embora eles dividissem a mesma barra de energia. Akuma reapareceu no Alpha 2 de 1996, que adicionou mais lutas em equipe, trocou os chain combos por custom combos (ataques rápidos escolhidos pelo jogador) e aprimorou as mecânicas de defesa, enquanto o Alpha 2 Gold adicionou os modos Survival e Akuma (só Akuma em todas as lutas), mas nunca foi lançado fora do Japão.

Os dois Alphas foram um sucesso, agradando fãs novos e antigos. Mas a Capcom sentia que havia espaço para mais de uma série de Street Fighter.

Especificamente, a Capcom queria contra-atacar a popularidade crescente dos jogos de luta 3D poligonais com o seu próprio jogo no estilo. Ela recorreu a um dos planejadores originais de Street Fighter II, Akira “Akiman” Nishitani e sua empresa de desenvolvimento de jogos recém-formada, a Arika (seu nome invertido) para co-produzir o jogo. Juntas, Capcom e Arika colocaram Street Fighter EX no mercado em 1996, e ele rapidamente se mostrou um tiro no pé.

Nishitani sabia como explorar ao máximo a engine antiga de SF e a estrutura funcionava bem, mas os personagens em 3D pareciam estranhos quando comparados com a concorrência. As novidades, como a possibilidade de cancelar Super Combos, não fizeram muito pelo jogo e os ataques “Guard Break” pegaram de surpresa os jogadores defensivos. A história parecia completamente ausente, e enquanto alguns personagens novos como a estudante com roupa de marinheiro Sakura chamaram a atenção dos jogadores, o usuário de explosivos Doctrine Dark, o literalmente vazio Cycloid-B e o aspirante a super-herói Skullomania não empolgaram ninguém. Duas atualizações, EX Plus e EX Plus Alpha, logo chegaram, e logo desapareceram.

A essa altura, Yoshiki Okamoto e Noritaka Funamizu, os dois primeiros desenvolvedores de jogos da Capcom, eram quase tudo o que restava da equipe original de SFII. Quando a Capcom finalmente decidiu avançar com a franquia com um novo jogo numérico, uma década depois de SFII, nenhum dos dois estava envolvido.

Ao invés disso, a Capcom escolheu um produtor que trabalhou no jogo de beat-em-up Battle Circuit. A missão de Tadashi Sakimoto era nada menos que reinventar um clássico, só que sem o seu popular e famoso elenco de personagens. A decisão tomada foi descartar todos os personagens de todos os jogos de Street Fighter, e começar de novo com uma variedade totalmente inédita.

Fim da parte 5.
Fonte: IGN (inglês)

Não posso deixar de agradecer ao Mangekyou54 por estar me ajudando a terminar a TimeLine Street Fighter, pois agora estou trabalhando e não tenho mais tempo/ânimo para cuidar de tudo sozinho. Quero conseguir manter o conteúdo no blog, mas esperem por posts menores e não tão inspirados. Quem quiser ajudar a criar ou traduzir textos para o blog, entre na página Colabore, lá estão todas as informações de como vocês podem participar.

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